sábado, 5 de junho de 2010

Quem não se encanta com a pessoa de Jesus?

Quem não se encanta com a pessoa de Jesus? Talvez alguns não se comprometam com ele, não se envolvam com ele, não se encontrem com ele, não o conheçam (com os olhos da fé e do coração). Mas quem, ao contemplar seus gestos, suas palavras, seu carinho pelo ser humano, não se encanta com ele? É este Jesus, que sendo Deus, sendo Verbo de Deus, se fez carne e armou tenda entre nós, é ele que depois de seu batismo no Jordão, passou a sua vida "fazendo o bem e curando a todos os que estavam possuídos pelo demônio".

Jesus revelou o rosto carinhoso de Deus para o ser humano. Jesus se nos revela como O que conduz-nos ao Pai, dando-nos inteira confiança de que isto é possível. Jesus nos planta também a possibilidade de confiar que uma mudança é possível. É ele a porta sempre aberta ao novo. É ele a própria novidade de Deus. Curando a todos os que estavam possuídos pelo
demônio, isto é, pacificando o ser humano de suas revoltas, remontando seus cacos interiores, pelo Mistério Pascal, realizou uma nova aliança. A aliança é nova porque não vem de códices, de palavras, de regras, mas da pessoa mesma de Jesus. Vivê-lo em cada momento, celebrá-lo em cada Missa, escutá-lo na Palavra de Deus, acolhê-lo em cada irmão é a boa obra de amor à qual ele nos chama.

A história que vou contar muitos a conhecem e ao mesmo tempo não a conhecem. Tambeém acontece entre familiares, amigos, colegas de trabalho. É curioso notar o quanto pecado entrou nos mínimos aspectos de nossa vida. É mistério! Num momento da história, como em tantos de nossas histórias, Deus dera a liberdade ao homem: "podeis comer de qualquer fruto do jardim, menos o da Árvore da Vida e da Árvore do Bem e do Mal". É uma simbologia, para que o homem não queira egoisticamente ser dono da vida e aquele que decide sobre o bem e o mal. Nossa consciência conta essa história o tempo todo. É preciso assumi-la com maturidade. Mas somos frágeis, como Adão, Adhamar, vindo da terra, como um vaso de barro: facilmente se esfarela. Nossos ímpetos mais profundos nos movem a uma plenitude, a uma totalidade, e há caminhos fáceis, rápidos e errôneos para isso. Assim é: muitas vezes decidimos o que é bem e o que é mal. Às vezes no impulso; outras vezes, com a decisão obstinada de fazê-lo. Poderíamos pensar: e agora? O homem tem jeito ainda? Talvez a resposta da história seja negativa. Talvez a mídia não nos dê uma resposta séria. Talvez a pobreza, a guerra, a fome, a violência, nossas paixões descabidas façam desfalecer a nossa esperança. Mas Jesus, que desceu até as profundezas da condição humana, elevou-a a Deus. Diz o autor da Carta aos Hebreus: "Jesus tem o poder de salvar todo aquele que se aproxima de Deus por seu intermédio". Sim, salvar, dar uma condição nova, um olhar novo, uma esperança nova. Sim, pois as coisas antigas passaram. Ele mesmo diz: "eis que faço novas todas as coisas". Não precisamos mais vestirmo-nos de folhas de parreira e se esconder de Deus. Por Jesus, temos acesso ao Pai. Lembram do leproso, do cego, do aleijado, que foram curados e saíram pulando de alegria? Sim, porque agora sua esperança reacendeu.

Como o homem ainda se esconde e fica a compensar suas mágoas, suas feridas em coisas que só lhe dão lampejos de alegria, mas não lhe trazem plena felicidade! Dá pena tal situação.

Que todos vocês possam olhar para este Jesus, que viveu, sofreu, morreu e ressuscitou, tudo para nossa salvação, e possa ser ele alegria de todos os seus dias! Olhem para ele, que diz:

"Vinde a mim todos vós que estais cansados dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo, pois o meu fardo é leve, e o meu jugo, suave."

Um grande abraço, Santo Domingo e as bênçãos de Deus.

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