quarta-feira, 20 de abril de 2011

Missão e conservação da fé na dinâmica pascal

O primeiro ponto que levantamos é: Por que conservação e missão precisam se excluir? Essa pergunta é típica de nossos tempos e nos leva a pensar em outras por causa da forma como costuma ser abordada: O que o clero e muitos de nossos irmãos entendem por missão? A descoberta de realidades novas nunca devem ser assumidas em detrimento do patrimônio que recebemos, sob o risco da pena de perdermos a própria identidade.

Assim, dedicamos os seguintes parágrafos para detalhar o que entendemos por missão, e só depois tentar balbuciar uma resposta, que, penso, é apenas uma gota no oceano. Ao pensarmos em missão pensamos no que o próprio Jesus realiza ao chamar os apóstolos e envia-los dois a dois. Segundo o evangelista Lucas, Ele faz isso após passar uma longa vigília noturna em oração, em diálogo com o Pai, o seu Abbá. Segundo o Evangelho de Marcos, chamou os doze para estar com Ele. Depois enviou-os às cidades onde Ele mesmo devia ir. No Evangelho de João, Ele diz: “Como Pai me enviou, assim também eu vos envio”. Vejamos: o anúncio para adiante sempre tem como raiz o Pai. Vejamos ainda: o envio dos Doze é preparado pelo estar com Ele, Cristo, pelo saborear a sua presença e vivenciá-la relacionalmente. E ao enviar os Doze, estivessem eles curando, expulsando demônios ou ressuscitando mortos, a prerrogativa do envio era o fato de que ali Ele mesmo, Cristo Jesus, deveria ir. Pode ser que esse roteiro evangélico sirva para nortear um caminho.

Primeiramente, na relação com o Pai: “como o Pai me enviou, assim também eu vos envio”. Compreender a Missão pressupõe a compreensão do Mistério Pascal. Como o Pai enviou Jesus? Jesus é o Verbo de Deus, que, existindo antes dos séculos, num profundo e eterno diálogo com o Pai, manifestou-se na carne humana, tendo sido concebido virginalmente do Espírito Santo no seio da Virgem Maria (Credo de Nicéia-Constantinopla). Enviou o Pai seu Verbo, vivendo a maior parte de sua vida em condições comuns,  vivendo a dor do parto, a situação de pobreza material, as brincadeiras da infância, o aprendizado na carpintaria de José, o suor do trabalho, o aprendizado das escrituras, o conhecimento de si. Esse processo o conduz a João Batista, às margens do Rio Jordão, onde seu batismo simboliza a entrada do Verbo de Deus nas fileiras dos pecadores. Sem pecado, Ele assume o nosso pecado. Ele mesmo, após esse acontecimento, vai para o deserto. Nesse ponto, gostaríamos de nos deter um pouco mais.

O que acontece no deserto? Ali, Jesus já havia sido preparado na versação das Escrituras. Ele mesmo conheceu a realidade humana em si. Certamente, viu muitas das Escrituras acontecerem no íntimo de seu coração em sua juventude. Porém, como saber-se Filho de Deus, como saber-se enviado diretamente do Pai? Um sinal já havia sido dado. No dia do seu Batismo, o Pai se fez ouvir, dizendo: “Este é o meu Filho muito amado, no qual ponho o meu bem-querer”. Como isso não fosse suficiente, Jesus vai ao deserto provar-se. No deserto, Jesus tem como perceber-se, a sós. As tradições antigas associavam o deserto à morada dos demônios. De fato, o homem, em sua solidão, pode perceber as possíveis contradições existentes na natureza e na história e que lhe interpelam instantemente. São Bento, por exemplo, passa 3 anos numa gruta, em Subiaco, a cerca de 60 km de Roma, para “estar consigo mesmo”, como relata seu biógrafo, o Papa São Gregório Magno. Santo Antão, em seu deserto, no alto Nilo, é provado nas diversas virtudes evangélicas, e sente as dores profundas que as tentações lhes causam, revelando-lhe a profunda dessemelhança com Deus. Nisso consiste sua luta. No deserto, Jesus experimenta o que é estar exposto a tudo aquilo que ameaça a identidade de Deus em si e responde a essas potências, hipostasiadas no demônio, com a Palavra de Deus. O deserto é, portanto, o lugar de provar-se quanto à Palavra de Deus. Ali, ela se torna um espelho para o homem, Deus se torna alguém para o homem, no tempo e no espaço. Convenhamos que, se por um lado, há desertos físicos, como as ocasiões de retiro, há desertos espirituais que enfrentamos dia após dia, quando nos sabemos sós, no meio da sociedade, tantas vezes no seio da família, na própria paróquia e em nossos ambientes de trabalho. Dia após dia, é possível configurar-se a Jesus, indo em busca de si mesmo, e, na companhia dEle, partirmos, sempre em oração para o nosso interior. A primeira missão, pois, é conhecer-se. E, para isso, é necessária a devida disponibilidade à oração. Sobre a oração, pudemos nos aprofundar na resposta que demos anteriormente. Conhecer-se já não é mais um caminho que trilhamos sozinhos, mas com a presença de Cristo, presente no deserto, lugar de sua vitória sobre os demônios.

Note-se ainda um simbolismo fortíssimo no tocante ao deserto: esse é o lugar para onde foi enviado Adão, segundo as Escrituras, quando pecou contra Deus. Adão faz uma missão às avessas. É expulso, enviado para fora. Jesus, ao adentrar pelo deserto é como se lançasse um grito em busca de Adão, o Adão que está nele. Se os caros irmãos lerem o capítulo III do Evangelho de Lucas, verão ali uma genealogia de Jesus, que culmina em ... Filho de Adão. Não é à toa que, em Marcos, Jesus, sendo Filho de Deus (e assim o testemunha o centurião romano aos pés da cruz), de maneira tão clara e repetitiva se diz o Filho do Homem. Ao buscar-se, ao buscar o Pai, ao buscar estar em si, consigo mesmo, ao se expor à tentação, Jesus realiza algo que parece desapercebido: ele vai em busca de sua raiz humana, Adão. Vejamos: aqui já se inicia um processo missionário. A missão de Jesus vai se desvelando quando ele vai em busca do homem perdido. De fato, Jesus traz Adão em suas memórias mais subjacentes, e indo para dentro o encontra.

Trocando esse fato em miúdos: na tentação do deserto, Jesus encontra tudo aquilo que devora o homem por dentro, Jesus experimenta tudo aquilo que o homem sofre, a fome, o abandono, a impotência. Uma clara manifestação de sua identidade é a de que, ao sofrer a tentação, sofre-a justamente naquilo que Ele, enquanto Filho de Deus, poderia mudar: transformar pedras em pães, jogar-se do pináculo do templo e dedicar sua força ao inimigo, para tudo possuir. Mas, trave-se a questão, isso era justamente tudo o que o homem sonhara para se libertar de sua condição contingente. Jesus se nega a isso, porque sobrepujaria o seu ser homem e não daria ao homem o caminho para encontrar-se de verdade. Sentir, pois, o que o outro sente tem um nome em nossa língua e esse nome é compaixão. A saída de Jesus ao deserto fá-lo contorcer as entranhas, como diz o profeta Oséias, porque Adão está ali. No caso de Adão, o homem sem Deus, ou ele sucumbe à contingência sem esperança, ou sucumbe ao demônio, com suas ilusões, através de suas paixões, apegos e pecados de estimação. Assim, o segundo momento da missão se dá em função do primeiro: saber que o outro sofre as mesmas tentações que nós. Certamente, como nós, o outro cai nas tentações também e não menos cai em pecado.

Nesse ponto de percepção da missão, lembremos de Santa Teresinha do Menino Jesus, declarada pelo Servo de Deus Papa João Paulo II a padroeira das missões. O seu desejo era o de salvar as almas. Para isso, lembra-nos sua autobiografia, História de uma Alma, que queria se tornar mártir, queria saber fazer os mais belos discursos, queria mesmo ir até o outro lado do mundo para dar Jesus a conhecer aos diversos povos. Entretanto, em meio à sua inquietude (ser cristão é ser um constante inquieto, não obstante a quietude do coração em Cristo), encontra a Primeira Carta aos Coríntios, e, ao ler o capítulo 12, ela se lembra que não é possível ao homem ser tudo isso ao mesmo tempo. Assim mesmo, isso ainda lhe deixa inquieta. Quando ela termina o capítulo, no versículo 31, uma janela florida se lhe abre diante dos olhos do coração: “Aspirai aos melhores carismas. E vos indico um caminho ainda mais excelente”. E ela diz: “O Apóstolo esclarece que os melhores carismas nada são sem a caridade, e esta caridade é o caminho mais excelente que leva com segurança a Deus. Achara enfim repouso”. Mais adiante, vai dizer: “no coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor e desse modo serei tudo, e meu desejo se realizará”. Ser o amor... A padroeira das missões nunca precisou sair de seu mosteiro carmelita em Lisieux para assim ser reconhecida.

Essa observação cabal nos faz perceber mais um aspecto importante, que pode ser nosso terceiro ponto: a nossa missão pode se dar perfeitamente no lugar onde estivermos, desde que amemos, não como o mundo, mas como Cristo, que vai ao encontro do último em si, pois nada está fora de seu domínio.

Somente após o deserto, Jesus vai de cidade em cidade. Ele encontra alguns à beira do Mar da Galiléia e os chama para serem pescadores de homens. Para Jesus, esse simbolismo é claro. Os homens estão submersos, como peixes, vivem afogados nas águas, símbolo do desconhecido, do confuso. As águas eram os lugares que eram associados à presença de monstros. A tradição profética de Israel associa o mar à presença de um monstro terrível chamado Leviatã. Também o Apocalipse vai tratar de uma Besta que se ergue do mar. Mas Jesus os chama a pescar homens. No mar da existência, no meio das marés da vida, nas idas e vindas, em meio às esquisitices do caminho, há a imagem de Deus perdida, o homem submerso no universo de suas paixões. Ser pescador de homens é um outro símbolo bastante eficaz (o Sucessor de Pedro usa o anel de pescador): é ir às instâncias do desconhecido por amor àquele que se encontra lá, mesmo sem saber, mesmo se sentindo um peixe e não um homem. Mas o deserto já havia falado da questão do desconhecido. O importante aqui é a resposta: eles deixam tudo e seguem a Jesus. Seguir a Jesus aqui é perceber a interpelação do Pai em seus próprios corações, é aquela inquietude de Santa Teresinha, que lhe leva para mais adiante, a não se fixar nas próprias patologias, nem nas ideologias, nem nas modas, nem nas conveniências sejam de que lado venham. Aqui, é importante se notar que deixar tudo é, como dizia Santo Agostinho, “deixar tudo o que não é Deus, para encontrar o próprio Deus”. Ainda sobre o deixar, São Pedro Damião diz: “o maior peso que o homem carrega é ele mesmo”. São suas manias, seus apegos, suas paixões, suas ideologias, seus traumas, seus pecados. O apelo de Jesus aponta para deixar tudo isso, porque é simplesmente tudo isso que nos faz buscar muita coisa na vida, até mesmo dentro do seio da comunidade. Será que buscamos realmente a Jesus? Será que buscamos ser um com Ele, será que a constante tensão de vontades é voltada para Ele, para sua Palavra, seu Evangelho? Portanto, a quarta etapa de nosso itinerário é a conversão. No Evangelho de Marcos, o primeiro apelo de Jesus é: convertei-vos e crede no Evangelho.

Vejamos, pois, o exemplo de Santo Agostinho: de devasso que era, converteu-se, tornou-se bispo e formou praticamente TODA a cultura ocidental. Perguntamo-nos: isso é ser missionário ou não? No entanto, onde foi que ele encontrou bases para tudo isso. Ele diz, nos Livros das Confissões: na família (a formação e a oração de sua mãe, Santa Mônica), na Igreja (as mistagogias de Santo Ambrósio, bem como as solenes e cantadas liturgias em Milão) e no seu interior (onde se escondia aquela beleza tão antiga e tão nova, da qual havia se afastado, no deserto árido de seu exterior). Vejamos o que uma experiência viva de Deus é capaz de fazer. O homem era devasso, dado ao sexo e às modas filosóficas do século IV; esse homem moldou-se de tal forma a Cristo que conseguiu dar forma a toda a cultura ocidental, falando de si (por exemplo, nas Confissões), de Deus (Sobre a Trindade, Comentários aos Salmos, Carta a Proba e Juliana, Sermões, etc.) e da sociedade (no extenso tratado de sócio-política, Cidade de Deus, onde profetizou a queda da sociedade Romana da época). Perguntamos mais uma vez, agora, aos caros irmãos: isso é ou não ser genuinamente missionário?

Revelar a beleza nova e antiga, a beleza eterna do próprio Deus em nossas vidas, em cada uma das pequenas obras que somos capazes de realizar (e aquelas às quais também Deus nos capacita) é a missão por excelência. Bento XVI lembrava no discurso na Catedral da Sé, em 11 de maio de 2007: “a Igreja age por atração e não por proselitismo”. Estejamos atentos a isso. Essa atração se dará na medida em que, despojando-nos do que passa, ou seja, da antiga paixão adâmica, deixemos espaço para que se manifeste o brilho de Cristo em nossa história, na família, na comunidade, no trabalho, no lazer, onde estivermos. Portanto, o quinto passo que se faz necessário é o da manifestação das obras de Deus em nossas vidas, para o quê é indispensável a vigilância interior. É claro! Alcança-lo não é um processo estático, mas dinâmico, trata-se de estar com Ele, dialogar com Ele, escuta-lO, assim como Ele chamou os que Ele quis. Aliás, com relação a esse aspecto, em seu Castelo Interior ou Moradas, Santa Teresa de Jesus (Teresa de Ávila) dizia que “não avançar no que tange à vida espiritual é já retroceder”. Portanto, que ninguém se considere convertido, pois, se não estivermos em constante conversão, isso é um excelente sinal de que o processo de conversão ainda está por se iniciar. E sem conversão, não há missão, conforme o corolário que construímos acima.

Relembrando agora do momento em que Jesus chamou os Doze: eram as cidades às quais Ele mesmo devia ir. Em nosso contexto, trata-se de ter aos nossos olhos o horizonte escatológico. Sim, porque abrir ao outro os sinais evangélicos significa ser sinal de esperança para os que nos encontram. Dizia ainda Santo Agostinho: “o pior horizonte do homem é viver sem esperança ou pôr sua esperança em coisas que não podem sustenta-la”. Ser sinal de esperança é ser sinal patente de que Ele vem. O anúncio do Evangelho jamais pode ser limitado a um contar histórias, interpretar textos, muito menos reduzido a recontar nossas patologias mais diversas. Diríamos que, em maioria de nossas comunidades eclesiais, essas patologias continuam sendo recontadas, conforme temos encontrado, e isso pode comprometer profundamente o anúncio da Boa Nova. Ser sinal de esperança pede deixar tudo isso. Ser sinal de esperança é ser memorial vivo do acontecimento Cristo, em sua Encarnação, Paixão, Morte, Sepultura e Ressurreição. De fato, aquelas cidades que foram visitadas pelos discípulos viram coisas admiráveis, sinais de uma criação nova, de leis que apontam para mais além do que as leis escrutáveis da criação. O que aquelas cidades aonde Ele mesmo devia ir viram foi algo estupendo, admirável, podiam testemunhar coisas que nenhum outro povo vira. Os próprios apóstolos se admiram e dizem a Jesus: “os demônios nos obedecem”. Esses sinais, o de que nossos demônios já não precisam ser nossos chefes, mas capachos de Deus, são os sinais de que nosso mundo precisa. São acontecimentos que mostram que o mal, mesmo o nosso mal, tantas vezes indesejado por nós mesmos, mas ainda indomado, não tem a última palavra, porque a Última Palavra, por excelência, é a Primeira: Cristo.

Aliás, assim o celebramos em cada Eucaristia. A morte não tem a última palavra, mas dói, desconcerta, mata-nos por dentro, espera-nos em cada esquina da vida; a sepultura é uma certeza para a qual (que vergonha!!!) nós, cristãos, somos os primeiros a esquecê-la, e não nos iludamos, caros irmãos, mas tudo isso acontece porque não acreditamos de verdade na Ressurreição de Cristo. Acreditamos que Ele está a nosso dispor, a ser usado como bem queremos, acreditamos, não raras vezes, em um corpo reanimado pelas nossas forças, qual bezerro de ouro aos pés do Sinai. Se acreditássemos de verdade na Ressurreição de Cristo, saberíamos entrar e sair em nossa sepultura, em nosso deserto, em nossas noites, e saberíamos que não somos NADA, e, ao mesmo, recebemos TUDO, absolutamente TUDO aquilo que nos serve para uma vida que valha à pena através desse Mistério. Reflexo dessa crise de fé é o desmantelo litúrgico pelo qual passa nossas comunidades, em sua maioria.

Mas não pensemos que os apóstolos eram melhores do que nós. Aquela frase: “até os demônios nos obedecem” já era uma manifestação de vanglória. A partir do momento em que Jesus diz que “o Filho do Homem deve ser morto” (Cf. Mt 16; Mc 8; etc.), eles já não conseguem fazer milagres. Lembram do homem que tinha o filho epiléptico e que os apóstolos já não conseguiam cura-lo? Era a crise. A fé dos apóstolos, num Cristo que precisava morrer, já estava abalada.

Nesse momento, cumpre perguntar: a morte de Cristo nos escandaliza? O silêncio aparente de Deus nos espanta, nos assusta? Por que somos tão incapazes de silêncio, de uma busca de harmonia interior? O que achamos que iremos levar para o mundo se não levarmos em séria conta de nossa vida o silêncio de Deus e os silêncios que Ele nos proporciona? Jesus diz: “a boca fala do que o coração está cheio”.

A Boa Nova a ser levada aos homens de nosso tempo precisa ser vivida dentro de nós. Precisamos assumir que Cristo nos desconcerta, nos põe sempre em questão e nossas questões e desconcertos não são diferentes das dos outros homens, crentes ou não. Somente assim, poderemos encarar sem medo os desertos, os horizontes, os mares do mundo. A missão é levar essa Boa Nova em cada pequeno ambiente em que estamos, pertençamos ou não a movimentos, não porque estamos imbuídos de uma causa ou de uma ideologia, mesmo de caráter cristão, mas porque fomos marcados por aquele que nos amou primeiro. Podemos ser missionários em darmos a perceber que aqueles que vêm ao nosso encontro são amados, com aquele mesmo amor com que Cristo nos amou, no qual criou o mundo e o redimiu.

E, recuperando a nossa proposta inicial sobre a questão missão x conservação, diríamos mais uma breve palavra sobre o assunto: é preciso conservar para transmitir; caso contrário, corremos o risco de tão logo não termos mais o que transmitir. Aliás, cabe aqui perguntar: o que temos transmitido mesmo?

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