sábado, 12 de novembro de 2011

Vamos por partes:

O Fratres explicou quem é o Edinho. Não sei se todos conhecem o assim chamado "epíscopo vermelho", D. Luiz Demétrio Valentini. Lá, da Diocese de Jales e de seus passeios e entrevistas pelo Brasil afora, este discípulo de Leonardo Boff, Frei Betto, Marcelo Barros & cia. ltda. destila o veneno anticristão. Vamos às suas pérolas?

BISPO DE GUARULHOS AMEAÇA IR AO VATICANO PARA DENUNCIAR DOM DEMÉTRIO VALENTINI POR APOIO À DILMA


Após defender a candidata Dilma Rousseff(PT) de críticas de religiosos contra a sua posição sobre o aborto, o bispo de Jales Dom Demétrio Valentini foi ameaçado pelo bispo de Guarulhos, dom Luiz Gonzaga Bergonzini.
Bergonzini disse que irá recorrer ao Papa Bento XVI para denunciar dom Demétrio por sua posição contrária aos colegas de episcopado, que fazem oposição à candidata.
Dilma Rousseff(PT) declarou, em algumas oportunidades,ser a favor da descriminalização do aborto, o que na opinião de católicos, é uma afronta aos valores pregados pelas Igrejas a seus fiéis.
O jornal “Folha de S.Paulo”, da edição dessa quarta-feira (13) trouxe como notícia de capa a informação de que a CNBB-Confederação Nacional dos Bispos do Brasil entregou uma espécie de carta aos grupos católicos para não votarem em Dilma Rousseff(PT), pela sua posição favorável ao aborto.
Porém, nas últimas propagandas eleitorais na televisão, Dilma tem mudado sua opinião e declarado ser contra o aborto
Pe. Clécio, em seu, Oblatvs,  da Diocese de Campos, comentou um artigo de D. Demétrio no site da CNBB. Ei-lo:

A visão de mundo de Dom Demétrio Valentini

Dom Luiz Demétrio Valentini, bispo de Jales, escreveu novo artigo sobre Honduras e a CNBB publicou no seu site. Repete a sua cantilena anterior, agora chorosa, diante da evidente e inevitável derrota das forças políticas que apóia.
Não pude deixar de fazer alguns comentários. Vamos à peça:
Neste domingo se realizam eleições em Honduras. Em princípio, eleições deveriam ser expressão tranqüila de democracia. Mas, desta vez, o conturbado ambiente político, criado com a deposição do presidente Zelaya(deposição legal, de acordo com as leis de Honduras, que Dom Demétrio Valentini insiste em ignorar), lança uma nuvem de suspeitas sobre a validade destas eleições presididas por um governo que não foi reconhecido por nenhum país do mundo, numa evidente demonstração da existência de irregularidades, em que pese a insistente afirmação dos atuais detentores do poder em Honduras, de que a deposição de Zelaya teria sido legítima e constitucional. (Quem lança suspeitas e onde estão as evidências de irregularidades? Estes são os argumentos da esquerda que domina o continente, a OEA e a ONU. Veja a que papel miserável o bispo se presta: rejeita o que dizem os bispos de Honduras sobre a situação naquele país e se alia à corja dominante.)
O fato é que a truculência usada para depor Zelaya (chega a ser engraçado, o bispo chama truculência ao fato do caudilho ter sido apanhado de pijamas no palácio presidencial e enviado ao exterior – ele já não era presidente e o exílio foi alternativa para a cadeia), depõe contra os autores do complicado imbróglio que resultou no impasse de difícil digestão política, que envolve agora não só este pequeno país da América Central, mas todo o continente americano, que passou a se defrontar com o espantalho do retorno dos golpes de estado, que infelizmente marcaram, em passado recente, a história de nossos países. (O bispo fala de retorno a golpes de estado, mas rejeita as eleições que poriam fim a uma situação de exceção, ou seja, eleições boas são somente aquelas em que esquerdistas têm chances de ganhar e, de preferência, com a possibilidade de se perpetuarem no poder.)
Outro lado preocupante, que emerge desta situação confusa, é a indisfarçável inclinação dos Estados Unidos, em serem complacentes com os golpes da direita, enquanto se mostram arautos da democracia ao alertarem contra os alegados perigos da esquerda (a direita dá golpes, os perigos da esquerda são meras alegações – esta é aWeltanschauung de Dom Valentini). Havia a esperança de que com Obama esta postura tivesse mudado, mas infelizmente o poderio dos velhos falcões americanos se mostrou de novo em plena forma, a ponto de exigir a tácita anuência do próprio Obama aos ditames de seus posicionamentos. (Dom Valentini não ousou tocar no mito. Se Obama, o impecável, fez besteira – na visão do bispo – o fez porque foi forçado a isto pelos “falcões americanos”. Como essa gente é óbvia!)
E assim, enquanto a OEA, por unanimidade, exigia o retorno de Zelaya para a retomada do processo democrático em Honduras, os Estados Unidos, por conta própria, passaram a colocar as eleições deste domingo como fachada de democracia para assimilar o golpe realizado. De modo que, com Obama ou sem Obama, “está tudo como dantes nas terras de Abrantes”. (Mentira deslavada. Os Estados Unidos reconheceram ao povo hondurenho, através das suas instituições, o direito de determinar se Zelaya volta à presidência e, através das eleições, o de escolher o futuro presidente – conforme pactuado pelas partes em conflito.)
Mas existe mais. A situação de Honduras pode servir de intróito para um longo e intenso período de efervescência política na América Latina, que nos aguarda nos próximos anos.
Acontece que estamos nos aproximando das celebrações do “bicentenário” da independência da maioria dos países latino americanos. Este período de celebrações já está por começar no próximo ano, em que alguns países vão iniciar a celebração dos 200 anos de sua independência frente à metrópole espanhola.
Este fato, somado ao aumento das tensões em diversos países, vai se constituir em caldo político que promete muitos desdobramentos. Vai ser colocada de novo a velha questão da soberania dos países da América Latina, frente a antigos ou novos centros de hegemonia. Será a oportunidade para confrontar o que foi feito dos ideais democráticos dos heróis de nossos processos de independência. E voltará com novas feições a generosa proposta de um relacionamento solidário entre os países da América Latina, marcados por episódios históricos que delinearam o seu destino comum. A utopia da “pátria grande”, envolvendo todos os países da América Latina, precisará se confrontar com as iniciativas práticas que possam abrir caminho para a concretização deste sonho, que ainda permanece distante da realidade.
O fato é este: duzentos anos depois das independências, a América Latina ainda não levou a bom termo o seu processo de soberania política e a afirmação de sua solidariedade continental.
Enquanto torcemos para que a pobre Honduras se livre do enrosco em que mergulhou, a América Latina inteira está nos convocando para seguir de perto os passos que a historia lhe aponta, e que precisam ser dados com sabedoria e discernimento.
(Os últimos parágrafos grandiloquentes são apenas o revestimento retórico de um projeto autoritário de esquerda. A América Latina de Dom Valentini é bolivariana, seu herói é Chávez.)
Fonte: CNBB


Depois, voltamos a D. Demétrio. Tem mais, muito mais...

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