terça-feira, 21 de junho de 2011

Do Papa Bento XVI aos jovens, em San Marino

Saiu ontem em ZENIT, um extrato do discurso de Bento XVI aos jovens da República de San Marino, que visitou no último fim de semana:

Bento XVI convidou os jovens da diocese de San Marino-Montefeltro a construir um mundo mais justo e solidário, deixando-se iluminar pelo mistério de Cristo, sem ceder a lógicas individualistas e egoístas.
Depois de uma jornada de visitas, celebrações e encontros em diversas localidades de San Marino, o Papa chegou neste domingo à tarde à pequena localidade de Pennabili, onde teve um encontro com jovens na praça da catedral.


“Não temais enfrentar as situações difíceis, os momentos de crise, as provas da vida, porque o Senhor vos acompanha, está convosco”, afirmou o Pontífice.


Incentivou os jovens a crescerem na amizade com Cristo “através da leitura frequente do Evangelho e de toda a Sagrada Escritura, da participação fiel na Eucaristia como encontro pessoal com Cristo, do compromisso dentro da comunidade eclesial, do caminho com um diretor espiritual válido”.


“Deixai que o mistério de Cristo ilumine toda a vossa pessoa! - convidou. Então podereis levar aos diversos ambientes essa novidade que pode transformar as relações, as instituições, as estruturas, para construir um mundo mais justo e solidário, incentivado pela busca do bem comum.”


“Não cedais a lógicas individualistas e egoístas!”, insistiu, recomendando o testemunho de jovens santos, como Santa Teresa do Menino Jesus, São Domingos Sávio, Santa Maria Goretti, o Beato Pier Giorgio Frassati e o Beato Alberto Marvelli, originário da região.


Busca da verdade


Diante dos milhares de jovens presentes, Bento XVI também se referiu ao sentido da vida, recordando a pergunta do jovem rico do Evangelho: “Bom Mestre, o que devo fazer para receber em herança a vida eterna?” (Mc 10, 17).


O homem não pode viver sem esta busca da verdade sobre si mesmo – o que sou, para que devo viver –, verdade que conduz a abrir o horizonte e ir mais além do material”, explicou o Papa.


Com força, Bento XVI incentivou os jovens a não ter medo de refletir sobre “as perguntas fundamentais sobre o sentido e o valor da vida”.


Não vos detenhais nas respostas parciais, imediatas, certamente mais fáceis no momento e mais cômodas, que podem dar algum momento de felicidade, de exaltação, de ebriedade, mas que não oferecem a verdadeira alegria de viver”, afirmou.


E os convidou a aprender “a refletir, a ler de maneira não superficial, mas em profundidade vossa experiência humana”.


“Descobrireis, com surpresa e alegria, que vosso coração é uma janela aberta ao infinito! Esta é a grandeza do homem e também sua dificuldade.”


O Papa também alertou contra a ilusão de acreditar que o progresso técnico-científico pode proporcionar de maneira absoluta respostas e soluções para todos os problemas da humanidade.


“Na verdade, ainda que isso fosse possível, nada nem ninguém teria podido apagar as perguntas mais profundas sobre o significado da vida e da morte, sobre o significado do sofrimento, de tudo, porque estas perguntas estão inscritas na alma humana, em nosso coração, e superam a esfera das necessidades”, indicou.

“O homem, também na era do progresso científico e tecnológico – que nos ofereceu tanto –, continua sendo um ser que deseja mais, mais que a comodidade e o bem-estar; continua sendo um ser aberto à verdade inteira da existência, que não pode deter-se nas coisas materiais, mas que se abre a um horizonte muito mais amplo.”


O risco é sempre o de permanecer prisioneiros no mundo das coisas, do imediato, do relativo, do útil, perdendo a sensibilidade para o que se refere à nossa dimensão espiritual”, destacou.


Sem desprezar o uso da razão nem rejeitar o progresso científico, segundo Bento XVI, trata-se de “compreender que cada um de nós não está feito somente de uma dimensão 'horizontal', mas que compreende também a 'vertical'”.


E acrescentou: “Os dados científicos e os instrumentos tecnológicos não podem substituir o mundo da vida, os horizontes do significado e da liberdade, a riqueza das relações de amizade e de amor”.

Comentário meu: para o mundo, loucura; para os que crêem, salvação!

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