quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Agora, vamos ao que interessa nesse blá-blá-blá de concessão e tudo o mais

Tudo aponta para a patrulha das esquerdas, sempre alertas...

Não deu nem tempo de dizer que a Canção Nova tomou uma decisão acertadíssima em extirpar as raízes iníquas, de políticos mais ou menos reconhecidamente anticristãos (ainda que viesse a extirpar um ou outro que não o fosse), e agora o MPF resolveu tomar uma decisão, que, segundo consta nos jornais do post abaixo, entra com processo para retirar a concessão desse canal e a TV Aparecida, porque ocorreram "sem a observância de processo de licitação obrigatório para concessão de serviço público", o que somente poderia se realizar para canais educativos. Segundo o procurador que entrou com o pedido de cassação da concessão, este não tem nenhum vínculo com o tipo de conteúdo transmitido pelas emissoras, "mas com o fato de terem sido outorgadas sem licitação, o que põe em xeque a utilização democrática e transparente desse meio de comunicação, que é eminentemente público".

A pergunta que não quer calar é: se é assim, por que isso não foi feito antes (bem antes, muito antes - estamos falando em 1997 e 2001) de Edinho, Chalita & cia. ltda. serem despejados da programação? Por que esse pedido de cassação só foi feito agora, ou seja, com menos de uma semana do despejo? Sim, sim, alguém me responda: se havia irregularidade, por que não saná-la antes?

O procurador ainda diz que isso "põe em xeque a utilização democrática e transparente desse meio de comunicação, que é eminentemente público". Muito bem: há quase 15 anos, a coisa não só andava funcionando assim como atraía multidões, educava multidões e diminuía consideravelmente o efeito trágico a que os outros canais abertos empurram a maioria das famílias brasileiras, especialmente seus filhos. Seria a hora de haver a abertura ao debate público do papel social dos canais religiosos, especialmente num país em que a maioria absoluta da população ainda se declara cristã, ainda predominantemente católica.

Veja bem, meu leitor. Não se trata de um privilégio, mas de realmente falar em uma democracia, talvez ainda possível. Chavões como essa frase têm cheiro de esquerda. Vamos ver como se desenrolam os fatos. Se isso for adiante vamos ver como as esquerdas (tão aduladas por certos bispos, padres e teólogos - gente alheia ao rebanho de Cristo) usavam dos favores da lei (reconhecer o canal religioso como educativo) quando esperavam dali um palanque eleitoral, e ora usam dos seus rigores (a religião, diga-se, católica, não corresponde tecnicamente ao melhor projeto educacional) na hora em que a religião, como toda instituição firme, coloca seus limites a si e aos outros.

Porque educar (temos visto isso sobretudo nos episódios ocorridos ultimamente na USP, na UniRio, na UFPR e na UFGO, entre outras), para as esquerdas, é doutrinar segundo seus princípios. E seus princípios não reconhecem limites, especialmente os institucionais. Aliás, o que estamos vendo acontecer com as instituições hoje mesmo, hein?

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